UEPB solicita patente de respirador que controla o fluxo de ar do paciente
Nome do ventilador é RespNutes e foi desenvolvido pelo Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde (Nutes) da Instituição para auxiliar no combate à Covid-19.
A Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Inovatec) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) solicitou, junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), pedido de patente de ventilador mecânico capaz de controlar com precisão o fluxo de ar do paciente por meio da combinação de válvulas. O nome do ventilador é RespNutes e foi desenvolvido pelo Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde (Nutes) da Instituição para auxiliar no combate à Covid-19.
Segundo Widson Melo, um dos desenvolvedores do projeto, o detalhe que torna o projeto diferente dos demais ventiladores existentes no mercado é o controle do fluxo de ar. “Essa estratégia nos oferece precisão na aplicação dos fluxos de ar, porém o custo dessa estratégia é muito barato, cerca de 10% do valor das válvulas usuais nos demais produtos”, explica.
O principal potencial tecnológico do aparelho é a capacidade de “dosagem” de ar na ventilação. “Utilizamos uma tecnologia de acionamento de válvulas combinadas, o que possibilita uma dosagem específica de acordo com os valores determinados pelo profissional intensivista”, detalha o desenvolvedor.
RespNUTES
Ele detalha que o RespNUTES, nome comercial dado ao projeto, é um ventilador mecânico de uso invasivo, exclusivo para ambientes de UTI, ou seja, o equipamento trabalha exclusivamente em pacientes que são intubados. Além disso, o respirados apresenta alguns potenciais tecnológicos que difere dos demais equipamentos atualmente no mercado. Um deles “é que se trata de um equipamento nacional, desenvolvido exclusivamente para as necessidades patológicas de um paciente brasileiro”, descreve Widson.
O equipamento oferece todas as variáveis respiratórias do paciente, como frequência de respiração, tempo de inspiração, relação de inspiração/expiração, entre outras variáveis. Além disso, o equipamento permite a emissão de relatórios dos pacientes, monitora a carga de bateria e tempo de atividade do equipamento, mesmo em situações com ausência de energia elétrica. O equipamento oferece também funções de segurança, para evitar o acionamento acidental de funções indesejáveis.
A patente do respirador foi depositada na última semana do mês de maio e atualmente o projeto se encontra em fase regulatória, que antecede a produção industrial do equipamento dentro do território nacional.
Com informações: G1 PB
Edição: Josy Gomes Murta